Era lindo, de
verdade,
Sentir a
felicidade
Tocar o rosto da
gente
E correndo nas
campinas
Ana Lise, tão
menina,
Saltitava de
contente.
O amor
desabrochando
Em dois corações
sonhando
Que pulavam de
alegria,
E o sol surgia
cedo,
Pondo fim em
qualquer medo
Que a noite
escondia.
Parecia
piracema...
Ana Lise, tão
pequena,
Ia buscando a
nascente;
Naquelas margens
floridas
Lindas aves
coloridas
Vinham brincar com
a gente.
Era mesmo um
paraíso
De se perder o
juízo,
Cheio de sonho e
de flor;
O sorriso de Ana
Lise
Rodeado de matizes
Expulsava qualquer
dor.
Mas, na vida tudo
passa,
O amor vira fumaça
Quando menos se
espera
E as flores da
infância
Perdem o verde da
esperança
Ao findar a
primavera...
Ana Lise, moça
feita,
Achando a vida
imperfeita,
Vida nova foi
buscar
E julgou ser mais
feliz
Com um piercing no
nariz
E um pó branco pra
cheirar;
Se perdeu na
vaidade...
Pelas ruas da
cidade
Hoje não tem nem
um nome.
É chamada de
Maria...
Pelos becos... nas
orgias...
―Cada noite um
novo homem!
Se vivesse do meu
lado,
Nosso céu, todo
estrelado,
Com certeza, brilharia.
Eu não tenho um
vintém,
Mas, Maria-de-ninguém,
Ana Lise não
seria.
Este poema faz parte do meu livro "Resíduos".
Amigo Marcos, eis um lindo poema lírico. Poema à altura dos trabalhos dos grandes poetas como Casimiro de Abreu, por exemplo.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um lindo fim de semana.
Não fico sem passar por aqui.
ResponderExcluirUm lindo final de semana.
abraços
Nossa Marcos, fiquei arrepiada com essa poesia, tão tocante e triste. Vc é demais poeta! Adoro te ler. Bjus querido amigo.
ResponderExcluir=> Gritos da alma
=> Meus contos
=> Só quadras
Linda poesia amigo!Que o seu fim de semana seja repleto de alegrias,paz,saúde e bençãos de Deus.
ResponderExcluirUm carinhoso abraço.
Sua amiga Valdete Cantú
Lindo seu poema, Marcos!
ResponderExcluirInfelizmente, é uma triste realidade.
Maria de ninguém, que bem poderia ser a rainha de um coração como o seu, doce, sincero e apaixonado.
Abraços da Luz.