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domingo, 15 de janeiro de 2017

quinta-feira, 19 de maio de 2016

PALAVRAS DE DESCONFORTO

Talvez seja de mau tom
Inserir na poesia
Sem qualquer aviso prévio
A palavra “epidemia”

Esta palavra não é simples
E não se deu por acaso
O seu principal fator
É a palavra “descaso”.

Descaso que conhecemos
Nas filas dos hospitais
Onde homens são tratados
Bem pior que animais.

Descaso que conhecemos
Nos cruéis confinamentos
Onde famílias habitam
Sem o mínimo saneamento

Descaso... Porque o dinheiro
Que é nosso e de ninguém mais
É enviado sem pudor
Aos paraísos fiscais.

Nossos políticos criaram também
A palavra “corrupção”
Pois todos se corromperam
Levados pela “ambição”

“Ambição”... Outra palavra
De importância tamanha
Que alimenta o “egoísmo”
Uma palavra espontânea,

Espontânea... Porque está
No íntimo de todos nós
Manipulando nossos atos
E calando a nossa voz.

E além de tudo isso:
Descaso, ambição, egoísmo...
Existe o fator maior:
A palavra comodismo.

Comodismo que se vê
No “grosso” da população:
Que briga por futebol,
Por bobagem ou religião...

Mas, quando a causa é nobre
E exige o povo brigando:
Entregam-se ao comodismo
E depois ficam reclamando.

Reclamando dos políticos,
Da mídia, até de Deus...
Nem sequer eles percebem
Que os erros são todos seus.

Por ouvirem estas palavras
E darem credibilidade,
Sabendo que a palavra
Que vale é a “verdade”.

E entre estas, outras palavras,
De não menor expressão,
Fazem com que a epidemia
Invada nossa nação,

Epidemia da dengue
Da gripe e outras mais...
Que fazem bilhões de terráqueos
Levarem a vida sem paz.

Epidemia é uma arma 
De destruição em massa
Que aumenta seu poder
A cada dia que passa

É cruel a epidemia
Que a vários homens consome:
A da dengue, a da gripe
E a pior: A da fome!

E crescendo sem repreensão
Ela aumenta a cada dia
E vai transpondo fronteiras
Se tornando “pandemia”

E gerando outras palavras
Ela segue desenfreada...
Como a palavra “estatística”
Que por ela foi criada

Estatística que assusta
Cada vês crescendo mais
Fazendo homem virar número
Nas páginas dos jornais.

Estatística cruel
Que temos que aceitar
Porque a tal epidemia
Só tende a aumentar.

Levando o ser humano,
(O homem propriamente dito)
Ao seu fadário cruel
Que é a morte, eu acredito...

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

QUANDO UM DIA SE PASSA

“Quando um dia se passa
Não passa na imaginação”
São palavras que alguém falou
Trazidas do coração.

Em meu peito existem marcas
De um dia que ao longe ficou,
Feridas que não cicatrizam,
Que o tempo não apagou.

Eu choro ao me recordar
Das coisas que um dia sonhei,
Tão longe da realidade
De esperar me cansei.

O meu sonho o vento levou
Como folhas caídas no chão,
Como dias que ao longe ficaram
Só existem na recordação.

Recordar um dia que passou
É de novo viver o passado,
O que adianta tentar esquecer
Se aqui dentro ficou marcado?

Estas marcas que existem em meu peito
São feridas de uma paixão
Que atormenta e queima minh’alma
Como lavas de um vulcão.

Novamente o sol vai se pôr,
Quantas coisas são águas passadas!
A saudade e as mágoas que ferem,
Em meu peito, deixarei guardadas.

Se amanhã ao lembrar ficar triste
É sinal que ainda não passou,
Como podem passar as feridas
De um amor que jamais acabou?

sábado, 1 de fevereiro de 2014

MATA-ME DE AMOR, ALÍCIA

 (glosa)
Vem correndo trazer teu amor pra mim
Anjo malvado de pecado e de malícia.
Vem voraz, explícita, venenosa...
Mata-me de amor, Alícia!
  
Sou mais um tolo a beber o teu veneno,
A dar a vida pra provar esta delícia.
Não me importo se morrer nos braços teus...
Mata-me de amor, Alícia!

Seria irônico morrer dessa maneira,
Em condição, para a vida, tão propícia,
Mas que se dane a vida e todo o resto.
Mata-me de amor, Alícia!

Brincadeirinha!!! Teu amor me faz viver.
Quem morreria a ganhar tua carícia?
Chega de estória, vamos ao que interessa:
Mata-me de amor, Alícia!