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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

ADEUS INGRATA



Da vida carrego amargura,
Dos amores, desilusões,
Da morte que me espera,
Espero as soluções.

Abrindo os olhos pro mundo
Vê-se dor e aflição,
Um homem só tem descanso
Quando deita no caixão;

Com os olhos bem fechados
Dormindo o sono eterno,
Qualquer coisa, agora, é céu
Já que saiu do inferno.

Um dia abri meus olhos
Para um rosto sorridente,
Vi uma pedra preciosa
Que brilhava em minha frente,

Tive medo de apanhá-la
Por ser só um grão de areia,
Quando quis entrar no mar
Roubaram minha sereia.

Olhando para o espelho
Vi os meus olhos brilhando
Então disse a mim mesmo:
É verdade! Estou amando!

Amando uma estrela
Que irradia tanta luz,
Não precisa nem ser Cristo
Pra ser pregado na cruz.

Essa estrela tão formosa
Que brilha, de mim, distante,
Ofuscou minha visão
E me fez deselegante.

Atirado sobre a lama
Um homem não age direito!
Como se livrar da dor
Se ela está dentro do peito?

A razão da minha dor
Tem nome e sobrenome,
Tem o nome de uma ingrata
Que um dia, outro deu lhe o nome;

Matando assim a esperança,
Tirando de mim a fé,
Me deixando naufragado,
Remando contra a maré.

Agora só resta a morte
Já que meu sonho morreu...
Para que viver lembrando
D’alguém que já me esqueceu?

Alguém que nunca lembrou
Que nunca me fez sorrir...
Vou esquecê-la também
Quando a morte quiser vir.

Espero ansioso pela morte
Com sua doce sentença,
Ferido pelas maldades,
Da vida perdi a crença,

O meu coração parando
Não mais amará ninguém,
Quanto mais ama mais sofre
Mais chora a dor que tem.

Ingrata... como eu quereria
De novo ver teu sorriso,
Beijar teu rosto moreno
Para sentir-me no paraíso,

Sentir os teus lábios quentes
Meus lábios umedecendo,
Mas não existe mais tempo,
A vida, estou perdendo,

Pois estou chegando ao fim,
Aqui meu viver encerra,
Não vou mais ser desprezado
Nem sofrer sobre esta terra.

Vou fechar pra sempre os olhos
Para o mundo e para o amor,
Deixar de derramar pranto,
Livrar-me de vez da dor.

Adeus mágoa, adeus saudade,
Adeus ingrata e adeus solidão.
Enfim eu terei descanso
Deitado no meu caixão.


Este poema foi publicado pela SPJ. (Sociedade dos Poetas Jandaienses) no livro "Poesias, verdades e sonhos" em outubro de 2007, 
Autor: José Marcos Pinto (Bicho do Mato)

domingo, 5 de agosto de 2012

PALAVRAS DOS POETAS



Oh saudade matadora,
De me torturar, se farte,
Enquanto Camões não me dá,
Um pouco de engenho e arte.

Enquanto isso eu sigo
Sofrendo e sem ter paz...!
Como Laurindo Rabelo,
Eu também não posso mais.

Com Vinícius de Moraes
Aprendi a medir o abismo,
Mas, viverei a gritar
Se for gritar sempre que cismo.

Quis aprender com Drummond
Versos escritos com carinho,
Mas, sempre tem uma pedra
Bem no meio do caminho.

Escrevo com o coração...
Não concordo com Fernando Pessoa;
Se posso escrever sincero,
Então, pra que fingir à toa?

Lendo Guilherme de Almeida,
Eu fiquei a imaginar:
Onde deve estar agora
Essa que eu hei de amar?

O remorso que eu tenho
Olavo Bilac escreveu,
Eu leio e torno a ler...
Parece um poema meu.

Augusto dos Anjos pouco falava
De amores fúteis, coisa que passa,
Falei tanto, mas não pude
Iludir minha desgraça.

Então, já tinha acreditado
Que o problema estava em mim, só,
Queria parar de viver
Pondo em meu pescoço um nó,

Quando Gregório de Matos
Veio a me deixar convencido,
“Que um direito entre tortos
Parece que anda torcido”.

Este poema foi publicado pela SPJ. (Sociedade dos Poetas Jandaienses) no livro "Poesias, verdades e sonhos" em outubro de 2007.
Imagem: Google
Autor: José Marcos Pinto (Bicho do Mato)

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

AINDA TE AMO DEMAIS


Esta música minha foi gravada pelo, hoje saudoso, Professor Vicente.
Letra:

Hoje meu quarto é tão vazio,
Não tenho mais o seu amor...
Você se foi sem dizer nada
E eu fiquei com esta dor;
Eu precisava te encontrar
Para dizer que ainda te quero,
Mesmo sabendo que não presta,
Em meu peito ainda resta
Pedaços de amor sincero.

(REFRÃO):
Queria tanto te esquecer,
Mas já tentei, não fui capaz...
Você marcou meu coração
E apesar da ingratidão,
Ainda te amo demais.

Se algum dia arrepender
De todo o mal que fez a mim,
Pode voltar para os meus braços,
Pois, meu amor não terá fim;
Vou te guardar no coração
Até na hora da partida!
Meu amor, pode acreditar...:
Só deixarei de te amar,
No dia em que eu tombar sem vida.

(REFRÃO):
Queria tanto te esquecer,
Mas já tentei, não fui capaz...
Você marcou meu coração
E apesar da ingratidão,
Ainda te amo demais.

Música e voz: Vicente P. Castro (Professor Vicente)
Letra: José Marcos Pinto (Bicho do Mato)

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O QUE O DESPREZO ME FEZ




Se não fosse o seu desprezo,
Se eu não fosse um desprezado,
Com certeza, eu não seria
Este homem tão errado;

Viveria do seu lado,
Não somente de ilusão,
Teria paz e alegria
Dentro do meu coração.

Como você me despreza,
Não consigo ser feliz,
Viver assim, só bebendo,
Não é a vida que eu quis;

A bebida só aumenta
A mágoa e a solidão,
Quantas noites já passei
Abraçado ao garrafão!

Nesta vida desgraçada
Distante do seu amor,
Tanto a lua quanto o sol
Pra mim não tem esplendor,

Vai à noite, vem o dia...
Mas, a mágoa continua,
É muito triste o viver
Diante da ausência sua!

Veja como eu estou,
Me tornei um vagabundo,
Não tenho nenhum valor,
Sou o menor homem do mundo,

A saudade e a solidão
Chegaram de uma só vez,
Olhe para mim e veja
O que o desprezo me fez.

Este poema foi publicado pela SPJ. (Sociedade dos Poetas Jandaienses) no livro "A poesia e o pensar coletivo" em 2006.
Imagem: Google
Autor: José Marcos Pinto (Bicho do Mato)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

VOLTANDO PARA JESUS



Senhor, estou arrependido
Por ter esquecido
Teus ensinamentos,
Fugi do teu templo sagrado,
Estive afastado
Dos teus mandamentos.

Eu quero voltar pro teu lado,
Contigo abraçado
Levar minha cruz,
Perdoa a minha revolta,
Me aceita de volta,
Me abraça Jesus.

Só tu tens a autoridade para dar-me o perdão,
Tu és o caminho, a luz e a salvação.
Só agora entendi porque tu foste crucificado:
Morreste de braços abertos, pelos meus pecados.

Senhor, aqui neste momento
Todo o meu sofrimento
Eu quero abraçar,
Seguir entre a cruz e a espada
Para onde a estrada
De a fé me levar;

Eu sei que o caminho é difícil,
Mas, o sacrifício
Será recompensado:
A água do mar vai se abrir
E eu vou conseguir,
Contigo ao meu lado.

Só tu tens a autoridade para dar-me o perdão,
Tu és o caminho, a luz e a salvação.
Só agora entendi porque tu foste crucificado:
Morreste de braços abertos, pelos meus pecados.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. João - 14/6

Este poema foi publicado pela SPJ. (Sociedade dos Poetas Jandaienses) no livro "A poesia como fonte de sabedoria e cultura) em outubro de 2009.
Imagem: Google
Autor: José Marcos Pinto (Bicho do Mato)